Em Macau, construiu-se saúde mental - A conferência "E a vossa saúde mental, pais?"
Primeiro o jet lag, a adaptação ao calor, a descoberta e exploração de Macau, dos seus jardins cheios de gaiolas passeadas ao final do dia, ao Tai Chi pela manhã ou ao final do dia, as ruínas de São Paulo cheias de selfies de sorrisos tão diferentes dos habituais, a presença portuguesa na calçada, na nossa língua escrita em todo o lado, a arquitectura ainda bem vincada, passando pelos pastéis de nata. Tudo isto, com muito mais leveza e facilidade, pela hospitalidade e carinho de quem nos recebeu e acolheu, sempre com um sorriso, a vontade de nos enturmar, apresentar, dar a conhecer Macau e as pessoas que dele fazem parte, aqui e ali, a história, a vida actual, o passado, os costumes e as diferenças.
Num instante, chegou dia 8 de Julho, o dia da conferência que me levou a Macau: " E a vossa saúde mental, pais?" A manhã, depois de um pequeno almoço português pedido em inglês, na portuguesa Pastelaria Caravela, a ida à Rádio Macau, conversa rápida mas muito agradável com Jorge Vale, depois de boa e forte divulgação do evento por sites, jornais e revistas de Macau.
Encontro-me ao final da tarde, meia hora antes das 18h30, hora marcada para a conferência, com o Ricardo Pinto, gestor da Livraria Portuguesa. Tudo a postos, dinamismo, simpatia e descontracção, o que me deixou bem mais tranquila, apercebendo-me que estavámos em sintonia.
Às 18h30, uma sala composta, muito surpreendente para uma Sexta-feira ao final da tarde, na minha experiência. Minutos depois e quando damos início, a sala fica cheia, já com participantes em pé, atrás e dos lados. Que privilégio, penso. E logo a seguir: Que responsabilidade, e respiro.
A sessão é aberta pelo Dr. Mário Évora, da Associação de Cardiologia de Macau e o grande responsável por esta grande oportunidade que me foi dada e por muitas outras iniciativas e acções que promovem saúde do "coração" directa e indirectamente e a moderação é feita pela enfermeira e também psicóloga Dra. Carla Sousa.
Uma hora e meia, primeiro com a exposição e partilha das ideias que me propus a levar a Macau, para de alguma forma a saúde mental ser foco de prevenção e consciência e depois com as partilhas dos participantes, dos receios, às boas práticas, das dúvidas às reflexões, chego ao fim com a sensação de objectivo cumprido: ali praticámos saúde mental, consciente, preventivamente e de forma responsável e positiva.
No final, além de um agradável beberete, tempo para momentos de partilhas mais individuais, dedicatórias em quem me quis levar em "formato portátil", adquirindo o livro "A Psicóloga dos Miúdos", confissões que ficaram por dizer, mas não menos importantes, entrevista para o telejornal da TDM.
Ao final do dia, depois de respirar fundo, porque a missão foi cumprida e as férias começariam naquele momento, a gratidão a todos os que participaram e a todos os que permitiram que a conferência acontecesse em Macau. Quem diria... Em Macau.
O meu agradecimento à Associação de Cardiologia de Macau, à Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau, à Fundação Rui Cunha, à Fundação Oriente. E a minha gratidão ao Ricardo, à Olívia, à Mónica, à Carla, ao Jorge e principalmente, ao Mário.
Foi um prazer para mim, Enorme.
Agora de regresso, espero que de vez em quando, em Macau, se ouça dentro dos p@is "E a minha saúde mental?"
Até breve.
Rita Castanheira Alves